RAIS 2020 São José dos Campos
Panorama Mercado de Trabalho Formal em São José dos Campos – 2002-2020
Este trabalho busca apresentar e analisar as mudanças ocorridas no mercado de trabalho formal de São José dos Campos entre os anos de 2002 e 2020, utilizando para isso os dados do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS), que é disponibilizado pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
Vamos dividir a analise em cinco seções. Primeiramente, vamos analisar o comportamento do emprego total da cidade. Em seguida, analisamos brevemente as características dos trabalhadores, como, Escolaridade, Idade e Sexo. Após isso, falaremos sobre características dos vínculos empregatícios, Trabalho Parcial/Integral, Trabalho Intermitente, Tempo no Emprego. Na quarta seção, discorremos sobre a remuneração dos trabalhadores. Por fim, apresentamos dados sobre as empresas da cidade, sob a perspectiva da geração de empregos formais.
1° Parte – Comportamento do Emprego Formal em São José dos Campos
No gráfico 1, temos o número total de empregos e a razão do número de empregos pela população. Nota-se nessa evolução três comportamentos distintos relacionados ao estoque de emprego. O primeiro entre 2002 e 2010, de crescimento do estoque de trabalhadores. O segundo entre 2011 e 2014 de estagnação. E o terceiro de 2015 a 2020 de queda do número de trabalhadores total.
No gráfico 2, temos a série do Valor Adicionado de SJC, em valores de 2020. Percebe-se que o valor adicionado da cidade apresentou movimentos distintos ao longo deste período, crescimento até 2008, queda e estagnação entre 2009 e 2015 e um ligeiro crescimento após 2016.
Comparando as duas trajetórias, é possível observar que o mercado de trabalho da cidade cresceu conjuntamente com o valor adicionado da cidade nos primeiros anos da década de 2000. Após atingir o ápice em 2010, o número de empregos formais iniciou uma trajetória de queda, que para o valor agregado começara em 2008. Nos últimos anos da década de 2010, o produto da cidade apresentou leve melhora, que não foi observada em melhora no número de vagas de emprego. O que pode ser explicado por mudanças estruturais, como expansão do uso de maquinários automatizados e a informatização das empresas.
GRÁFICO 1
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021
GRÁFICO 2
Fonte: Fundação SEADE, 2021.
Nos gráficos 3 e 4, temos o estoque de emprego entre 2002 e 2020 por setor de atividade e a participação do setor no emprego total, respectivamente. Com relação a quantidade de trabalhadores, percebe-se que a Indústria foi o único setor a diminuir o número de trabalhadores, quando comparamos o primeiro e o último ano da série. A variação foi de, cerca de, 5 mil postos de trabalho. Isso fez com que a participação do setor no estoque de trabalhadores da cidade despencar 12 pontos percentuais nesse período. Em contrapartida, o setor de Serviços apresentou o maior crescimento, tomando o espaço da participação que a Indústria deixou de ter. No período, aqui apresentado, o número de postos de trabalho dos Serviços cresceu 75%, saltando a participação do setor de 45% para 55%. No Comércio, observou-se crescimento de 60% no número de trabalhadores, que aumentou em 2 pontos percentuais participação no emprego total, e na Construção Civil, o crescimento foi de 50% no número de trabalhadores. Já a Agropecuária apresentou crescimento nos primeiros anos da série, porém perdeu folego nos últimos anos, de forma que, quando comparamos o primeiro e o último ano, houve pouca variação no número de trabalhadores.
GRÁFICO 3
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 4
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
2° Parte – Características dos Trabalhadores
Feita a análise da trajetória do emprego total ao longo dos anos 2000, vamos analisar as características dos trabalhadores. Como forma de captar efeitos de longo prazo, selecionamos os anos de 2002, 2007 e 2012, e para analisar prováveis tendências futuras, selecionamos os dados de 2017-2020.[1]
Começando pela escolaridade, no gráfico 5, temos a distribuição dos trabalhadores por escolaridade, e no gráfico 6, a distribuição dos trabalhadores por escolaridade dentro dos quatros maiores setores da economia do município. A primeira faixa, denominada “Fundamental Incompleto”, compreende trabalhadores analfabetos ou que não concluíram o ensino fundamental, a faixa “Médio Incompleto”, compreende trabalhadores com fundamental completo ou que não concluíram o ensino médio, a faixa “Superior Incompleto”, compreende trabalhadores que concluíram o ensino médio ou que não concluíram o ensino superior, e a última faixa “Superior Completo, compreende trabalhadores que possuem ao menos ensino superior completo.
Analisando o gráfico 5, nota-se que a participação de trabalhadores com ao menos ensino médio completo aumento, saltando de 52% em 2007 para 62% em 2020, o mesmo ocorreu com a participação da faixa de ensino superior, que aumentou de 18% para 25%. Tal resultado é decorrente de melhorias no sistema de ensino básico, no qual observou-se queda na evasão escolar, e expansão do sistema universitário, tanto público quanto privado.
No gráfico 6, é possível observar que as características dos trabalhadores em termos de escolaridade são diferentes entre os setores. Apesar de todos os setores analisados terem apresentado comportamento semelhante de aumento da participação das faixas com maiores níveis de escolaridade, tal distribuição não é uniforme entre cada um deles. Nota-se que os setores da Indústria e Serviços são os que possuem maior contingente de trabalhadores com ensino superior, enquanto que no Comércio e Construção há menor acesso a trabalhadores nessa faixa de escolaridade. Na Construção, diferentemente dos outros setores, onde, em 2020, ao menos 85% do total dos trabalhadores possuem nível médio, nota-se que mais de um quarto dos trabalhadores não possuem o ensino médio completo, sendo o principal setor responsável por absorver mão de obra menos escolarizada.
GRÁFICO 5
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 6.1
GRÁFICO 6.2
GRÁFICO 6.3
GRÁFICO 6.4
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
Nos gráficos 7 e 8 temos a distribuição dos trabalhadores da cidade por Faixa Etária total e por setores, respectivamente. Com relação ao gráfico 7, nota-se queda na participação de trabalhadores nas faixas até 24 anos. Pode-se associar esse fato a maior permanência dos jovens na escolas e universidades, além da dificuldade enfrentada por essas faixas de se introduzirem no mercado de trabalho. De forma análoga, vê-se que aumento da participação das faixas acima de 50 anos no mercado, decorrentes principalmente das mudanças previdências e da estrutura do trabalho, como por exemplo, diminuição do número de postos de trabalhos que requerem trabalhos braçais.
Dentro dos setores, com exceção do Comércio, há certa homogeneidade nas características dos trabalhadores. Na Indústria, Serviços e Construção, observa-se mudanças na participação das faixas e atualmente predominam trabalhadores entre 30 e 64 anos. Apenas no Comércio ocorre a maior participação de jovens até 24 anos, sendo o setor que mais contribui para o ingresso dos trabalhadores ao mercado de trabalho formal. É o único setor em que as faixas até 24 anos possuem participação superior as faixas acima de 50 anos.
GRÁFICO 7
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 8.1
GRÁFICO 8.2
GRÁFICO 8.3
GRÁFICO 8.4
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
Nos gráficos 9 e 10, estão expostos a participação feminina no total do mercado de trabalho formal da cidade e por setores, respectivamente. Entre 2002 e 2020, nota-se aumento de mais de 87% no número de trabalhadores do sexo feminino. Assim, a participação feminina no mercado saltou de 32% para 42%.
Entre os setores, nota-se que o setor de Serviços é o que detêm maior participação feminina. Destaca-se também o aumento da participação ocorrida no Comércio, notou-se um salto de 30% no estoque de trabalhadores do sexo feminino no setor. Em contrapartida, na Construção nota-se que apesar do acréscimo na participação feminina, o percentual ainda é bem inferior aos demais setores.
GRÁFICO 9
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 10.1
GRÁFICO 10.2
GRÁFICO 10.3
GRÁFICO 10.4
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
3° Parte – Características dos Vínculos Empregatícios
A seguir veremos características relacionados aos postos de trabalho. Começando pela incidência de trabalho parcial, conforme gráfico 11. Nesse levantamento, considera-se como trabalho parcial aquele que possui carga horária semanal inferior a 30 horas. Para tal indicador, não há dados para os anos de 2002, 2007 e 2012. Com relação aos dados apresentados, nota-se que a participação de vínculos que possuem esta característica é pequena, sendo em 2020, pouco mais de 1,1% dos postos de trabalho. O setor que possui a maior participação de postos de trabalho parciais é o setor de Serviços, especialmente relacionado a áreas de saúde e educação.
GRÁFICO 11
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
Com relação ao Trabalho Intermitente, modalidade de trabalho criada em 2017, através de reforma trabalhista, percebe-se, conforme visto no gráfico 12, crescimento no número de postos de trabalho neste escopo, embora em comparação ao volume total de vagas representem um baixo percentual. O setor de Construção Civil é o que apresentou o maior número de postos de trabalho intermitentes.
GRÁFICO 12
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
Os gráficos 13 e 14 ilustram as formas de entrada do mercado de trabalho formal, se é o primeiro vínculo do trabalhador no mercado formal ou não. Nota-se que tanto o volume de primeira admissão quanto de reentrada no mercado de trabalho vêm caindo ao longo dos anos analisado. Em 2002, 4% dos vínculos ativos era de trabalhadores que haviam conseguido o primeiro emprego naquele ano, já em 2020, apenas 2% estavam nessa situação. Com relação a recolocação, 23% dos trabalhadores haviam conseguido recolocação no mercado de trabalho em 2002, em 2020, esse número foi de 20%.
Dentro dos setores, nota-se comportamento semelhante ao total do mercado, porém com algumas características distintas. Observa-se que no Comércio e na Construção, há uma percentual maior de vínculos cujo trabalhadores estão no primeiro emprego ou que conseguiram se realocar no mercado de trabalho. Tal fato pode ser explicado pela rotatividade de trabalhadores nestes setores. Em contrapartida, na Indústria é observada uma menor participação de trabalhadores no primeiro emprego ou reempregados quando comparado com os demais setores.
GRÁFICO 13
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 14.1
GRÁFICO 14.2
GRÁFICO 14.3
GRÁFICO 14.4
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
Os gráficos 15 e 16 ilustram o tempo de permanência no trabalho do total do mercado e por setores. Complementando a análise do gráfico 13, vê-se queda no número de trabalhadores com menos de 1 ano no emprego atual, comprovando a dificuldade de entrada no mercado de trabalho atual, quando comparado com anos anteriores. Em oposição a isso, aumentaram a participação no total de postos de trabalho ocupados pelo menos trabalhador a mais de 5 anos, que saltou de 31% para 39%.
Entre os setores, nota-se comportamentos distintos, na Indústria predomina os trabalhadores com mais de 10 anos no mesmo emprego. No Comércio e Construção a maioria são de trabalhadores com até 2 anos de serviço, que representam, respectivamente, 50% e 70% do total de trabalhadores. Já no setor de Serviços, há um predomínio de vínculos com menos de um ano, porém há alto volume de vínculos acima de 10 anos.
GRÁFICO 15
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 16.1
GRÁFICO 16.2
GRÁFICO 16.3
GRÁFICO 16.4
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
A seguir, analisamos questões relacionadas a remuneração dos trabalhadores em empregos formais. No gráfico 17, temos a evolução dos rendimentos do trabalho entre 2002 e 2020, em valores de 2020. Nota-se que entre o primeiro e o último ano analisado, a remuneração média decresceu, cerca de, 12%. Dentro dos setores apenas na Construção Civil e no Comércio houve aumento real da remuneração, por volta de, 17% e 24%, respectivamente. Já na Indústria e nos Serviços é observada queda na remuneração dos trabalhadores, respectivamente, 7% e 12%.
GRÁFICO 17
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
Nos gráficos 18 e 19, temos ilustrado a distribuição da remuneração dos trabalhadores em Salários Mínimos (SM) do total do mercado e por setores. Com relação ao total do mercado, nota-se expressivo aumento da faixa de trabalhadores que ganham entre 1 e 2 SM. Além disso, percebe-se queda em todas na participação de todas as faixas superiores a 2 SM.
Observando os setores individualmente, apenas a Indústria possui maioria de trabalhadores que ganham acima de 2 SM. Nos demais setores, nos últimos anos, ao menos 50% dos trabalhadores ganham, no máximo, 2 SM.
GRÁFICO 18
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 19.1
GRÁFICO 19.2
GRÁFICO 19.3
GRÁFICO 19.4
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
Nos gráficos 20, 21 e 22, temos informações sobre a massa salarial. Massa Salarial, neste caso, representa a soma de todos os valores pagos aos trabalhadores do município em cada um dos anos analisados.
No gráfico 20, temos a Massa Salarial total, em valores de 2020. Uma vez analisado o comportamento do estoque de trabalhadores e da remuneração média, é de se esperar os resultados apresentados. Neste caso, percebe-se que a massa salarial total faz movimento semelhante ao observado no gráfico 1, do estoque de trabalhadores. No gráfico 21, observa-se a variação da massa salarial, tendo como base o ano de 2002. No período 2002-2020, a massa salarial cresceu 26%, enquanto que o estoque de trabalhadores aumentou mais de 42%.
No gráfico 22, é possível observar a participação dos setores na massa salarial, de forma a complementar as informações do gráfico 20. Nota-se que, apesar do Indústria apresentar os maiores salários, a queda no contingente de trabalhadores do setor ao longo do período analisado fez com que a participação do setor na massa salarial caísse de 50%, em 2002, para 32% em 2020. A queda da Indústria foi parcialmente mitigada pelo crescimento da massa salarial do Comércio e Serviços. Ainda assim, o aumento não foi suficiente para trazer aumentos no montante total da massa salarial.
GRÁFICO 20
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 21
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 22
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
Nos gráficos 23 e 24, temos dados relativos a remuneração dos trabalhadores por nível de escolaridade do total do mercado e por setores, todos os valores atualizados para o ano de 2020. Conforme esperado, os ganhos dos trabalhadores com Superior Completo são os maiores em todos os anos, para efeitos de comparação, em 2020, o salário médio de um trabalhador com nível superior é 170% maior do que o salário médio de um trabalhador com nível médio. Em contrapartida, essa faixa de escolaridade foi a que apresentou a maior variação negativa do período. A média salarial de um trabalhador com nível superior era 41% maior em 2002 quando comparado com 2020.
Dentre os setores, o comportamento de queda da remuneração das faixas é semelhante, embora entre eles há diferentes em relação aos níveis salariais, por exemplo, apesar das quedas observadas, em 2020, a remuneração média de um trabalhador com nível superior na Indústria é 130% maior do que a remuneração média de um trabalhador com o mesmo nível de ensino no Comércio ou na Construção Civil. Comportamento semelhante acontece nos demais níveis de ensino, no qual a Indústria apresenta maior salário médio.
GRÁFICO 23
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 24.1
GRÁFICO 24.2
GRÁFICO 24.3
GRÁFICO 24.4
Nos gráficos 25 e 26, temos o cruzamento dos dados relativos a faixa etária e remuneração. No total do mercado de trabalho da cidade, apenas as faixas extremas, até 17 anos e acima de 65, apresentaram aumento na remuneração média nos anos analisados. Conforme é de se esperar, em geral, os salários aumentam à medida que vai se avançando as faixas etárias, uma vez que se espera que indivíduos mais velhos tenham mais experiências em suas funções e mais tempo de serviço.
GRÁFICO 25
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 26.1
GRÁFICO 26.2
GRÁFICO 26.3
GRÁFICO 26.4
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
Ao cruzar as informações de salários com o sexo dos trabalhadores, temos os resultados dos gráficos 27 e 28. É possível observar que no total do mercado, ao longo desses anos, a remuneração média dos trabalhadores do sexo feminino aumentou e do sexo masculino diminui. Em 2002, o salário médio dos trabalhadores do sexo feminino era 40% menor do que o salário médio do sexo masculino. Em 2020, essa relação é de 26%.
Dentro dos setores nota-se comportamento semelhante ao todo, apenas na Construção o salário médio entre os sexos é semelhante, porém vale lembrar que a participação feminina no setor é baixa, estando alocado principalmente em atividades administrativas.
GRÁFICO 27
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 28.1
GRÁFICO 28.2
GRÁFICO 28.3
GRÁFICO 28.4
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
5° Parte – Estabelecimentos
Por fim, falaremos sobre os estabelecimentos que estão empregando os trabalhadores da cidade. No gráfico 29, temos o total de estabelecimentos da cidade. É possível perceber que a variação dos estabelecimentos apresentou uma trajetória de crescimento mais contínua quando comparado com a variação no emprego, principalmente no período entre 2002-2015. Após esse período nota-se uma pequena cada no número de estabelecimentos. Quando comparado o primeiro e último ano da série, nota-se crescimento de 47% no número de estabelecimentos da cidade.
Dentre os setores, o maior responsável por este crescimento é o setor de Serviços, que cresceu, cerca de, 71% no período analisado. Outro destaque interessante é no setor Industrial, que também apresentou crescimento de mais de 50% no período, embora como já vimos anteriormente, houve uma grande queda no número de trabalhadores empregados no setor. O que sugere uma mudança na estrutura das empresas do setor, com uma diminuição da capacidade de geração de emprego das empresas de grande porte.
GRÁFICO 29
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
Nos gráficos 30 e 31, temos a distribuição das empresas por número de vínculos gerados. Não se percebe mudanças drásticas nas proporções destas empresas ao longo dos anos. Mais de 80% dos estabelecimentos da cidade possuem até 9 vínculos empregatícios.
Nos setores esse o comportamento é semelhante, sendo as menores empresas maioria. Porém, no Comércio e Serviços, as pequenas empresas apresentam uma fatia maior do total, quando comparado com a Indústria e Construção. No período analisado, apenas Indústria e Serviços possuíam estabelecimentos que empregavam mais de 1000 trabalhadores.
GRÁFICO 30
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 31.1
GRÁFICO 31.2
GRÁFICO 31.3
GRÁFICO 31.4
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
Complementando a análise dos gráficos anteriores, nos gráficos 32 e 33, temos a participação dos vínculos gerados por tamanho das empresas. Destaca-se a queda na participação das empresas com mais de 1000 vínculos. Em 2002, estas empresas empregavam 30% do total da mão de obra da cidade, em 2020, a proporção caiu para 22%.
Nos setores, esta distribuição apresenta características diferentes. Na Indústria, apesar da queda na participação, as empresas com mais de 1000 funcionários ainda detêm a maior participação no emprego do setor. Nos Serviços, predominam empresas com até 999 vínculos. No Comércio, mais de 70% com vínculos se concentram em empresas com até 49 empregados.
GRÁFICO 32
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
GRÁFICO 33.1
GRÁFICO 33.2
GRÁFICO 33.3
GRÁFICO 33.4
Fonte: Relatório Anual de Informações Sociais, Ministério do Trabalho e Previdência, 2021.
[1] Não há dados para escolaridade no ano de 2002.